Blockchain & Cripto em minutos
GUIA EDUCATIVO - GLOSSÁRIO
De airdrops a yield farming, aqui está um guia modesto dos termos e jargões que separam os new bees dos verdadeiros experts.
Em 2016, a palavra bitcoin me chamou atenção em um tópico de discussões. E depois de iniciar minha imersão na descoberta desse novo universo, vieram as palavras Blockchain, Satoshi Nakamoto, e todo um amplo leque de novas áreas - ciência da computação, criptografia, economia, finanças, teoria dos jogos.
Como experimentei as dificuldades de aprender algo do zero, sem qualquer familiaridade com a linguagem do ecossistema blockchain-cripto, aqui está uma seleção de palavras, termos e gírias que vale a pena conhecer.
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V X Y W Z #
A
airdrop
Pense em receber amostras grátis quando faz compras numa loja. Os projectos de criptomoedas dão tokens gratuitamente aos utilizadores em troca de acções que podem ser vistas como um apoio à ideia, como a interação com o código. Os airdrops são também uma forma de criar interesse em novas moedas, uma vez que estas só têm valor se tiverem uma comunidade de utilizadores - idealmente, os destinatários dos airdrops têm um incentivo para promover o interesse nas moedas que lhes foram dadas.
amm
A um nível muito elevado, Criadores de Mercado Automatizados [AMM, Automated Market Maker] substitui as ordens de compra e venda num marketplace com livro de ordens [order book] por um conjunto de liquidez de dois ativos, ambos avaliados relativamente um ao outro. À medida que um ativo é negociado pelo outro, os preços relativos dos dois ativos mudam e é determinada uma nova taxa de mercado para ambos. Nesta dinâmica, um comprador ou vendedor negocia diretamente com a pool, e não com ordens específicas deixadas por outras partes.
aped in
Refere-se ao ato de investir uma quantia significativa de dinheiro numa criptomoeda sem fazer muita pesquisa sobre ela. Quando os preços sobem, os investidores tendem a agir por impulso ou a seguir a multidão.
ataque de 51%
51% attack refere-se a uma situação numa cadeia de blocos em que uma única pessoa ou grupo controla 51% ou mais do poder de computação utilizado para ordenar transacções numa determinada cadeia de blocos. Ter o controlo maioritário permite que a pessoa ou grupo manipule a cadeia de blocos de várias formas, incluindo através do chamado gasto duplo, em que o atacante pode gastar o mesmo token duas vezes.
ativos digitais
Ativos (bens) digitais são tudo o que existe em formato digital e vem com o direito de uso. Os dados que não possuem esse direito não são considerados bens. Não se confundem com tokens [vide tokens].
avalanche [AVAX]
Avalanche (AVAX) é uma plataforma blockchain de contratos inteligentes de prova de participação (PoS) para aplicativos descentralizados [dApps]. A Avalanche se diferencia por criar e implementar uma família de consenso conhecida como “Avalanche Consensus”. Após anos de pesquisa, a rede principal do Avalanche foi lançada em setembro de 2020 e contou com o lançamento de uma estrutura multichain utilizando três cadeias: as redes P, X e C. Cada cadeia desempenha um papel crítico e único dentro do ecossistema Avalanche, ao mesmo tempo que fornece os mesmos recursos de uma única rede, geralmente chamada de Rede Primária. O consenso do Avalanche e a Rede Primária são projetados para suportar blockchains soberanos e interconectados, conhecidos como sub-redes.
B
bitcoin
Todos conhecem o bitcoin como a primeira criptomoeda. Mas, na verdade, Bitcoin é três coisas: a tecnologia na forma de protocolo (blockchain), uma rede descentralizada (sem a necessidade de intermediários) e, é também todo o ecossistema de criação de valor construído em cima dessa rede, internalizado na forma de taxas de transação que fluem de volta para a rede e seus participantes. Bitcoin é uma rede financeira aberta sem permissão. Qualquer pessoa pode participar da rede Bitcoin. Qualquer um pode sair. Qualquer um pode construir sobre seu protocolo. A rede blockchain do Bitcoin é um sistema de liquidação global para todas as transações que acontecem nesta rede. E você não está preso ao aplicativo de ninguém.
bitcoin core
Bitcoin Core é um software livre e de código aberto que serve como um node bitcoin (o conjunto que forma a rede Bitcoin) e fornece uma carteira bitcoin que verifica completamente os pagamentos. É considerado a implementação de referência do bitcoin. Inicialmente, o software foi publicado por Satoshi Nakamoto sob o nome "Bitcoin", e mais tarde renomeado para "Bitcoin Core" para distingui-lo da rede.Também é conhecido como cliente Satoshi. O Bitcoin Core inclui um mecanismo de verificação de transações e se conecta à rede bitcoin como um fullnode.
bitcoin maximalists
Estes investidores em criptomoedas acreditam que a moeda digital original é a única de que o mundo alguma vez precisará. Mantêm-se fiéis a essa visão e rejeitam as críticas de que bitcoin não teria lastro, possui volatilidade, exige alto consumo de energia, dentre outras.
bitcoin ordinals
Também chamados de Digital Artifacts, Ordinals Inscriptions, Bitcoin BRC-20 ou simplesmente “Ordinals”, são a contraparte nativa do Bitcoin. Isto é, são tokens não fungíveis [NFTs] na rede da blockchain Bitcoin. Eles são criados quando um arquivo, como uma imagem de arte, é inscrito nas menores unidades de Bitcoin, chamadas “satoshis”.
block
Block [bloco, em português] é uma coleção de transações que são validadas em conjunto. As transações em um bloco são adicionadas de uma só vez à rede [também chamada de cadeia], que é o histórico completo de transações legítimas registradas em determinada rede blockchain. Cada rede blockchain possui um bloco inicial [vide genesis block, mais adiante], assim como cada rede tem um elo final. É comum comemorar o dia do genesis block - isto é, quando o primeiro bloco da Blockchain Bitcoin foi minerado, porque o bitcoin foi a primeira criptomoeda do mundo, bem como sua Blockchain continua sendo a maior e a mais segura rede do planeta.
blockchain
Blockchain é uma lista de registro de transações que é constantemente atualizada e revisada em uma rede distribuída. Vide mais em tecnologia Blockchain.
bridges
Bridges são plataformas de software que ligam serviços de criptomoedas que, de outra forma, não se podem comunicar entre si. Permitem que os utilizadores transfiram tokens de uma cadeia de blocos, ou livro-razão digital, para outra. Estas ligações facilitam aos utilizadores de criptomoedas o investimento numa multiplicidade de projectos diferentes. Também tornam o ecossistema mais interligado - o que pode significar torná-lo mais vulnerável se as entidades mais fracas tiverem problemas. E depois há a sua vulnerabilidade ao roubo: No primeiro semestre de 2022, mais de mil milhões de dólares foram roubados de bridges.
brc-20
BRC-20 ou Bitcoin Ordinals é um novo padrão de token na blockchain do Bitcoin. Seguindo a linha do ERC-20 da blockchain Ethereum, a ideia do BRC-20 é criar NFTs [tokens não fungíveis] por meio do protocolo Ordinals. No entanto, em vez de usar contratos inteligentes, os tokens BRC-20 exigem uma carteira de Bitcoin para cunhar e negociar tokens. Os Bitcoin Maximalistas ficaram furiosos com a criação desse novo padrão de token [BRC-20]] que possibilita novos tipos de “NFTs” na blockchain Bitcoin por ‘congestionarem’ a rede.
C
criptomoeda
Criptomoeda é um ativo digital "nativo ou incorporado" em determinada blockchain, que representam uma unidade monetária. Você "não" consegue programar uma criptomoeda; isto é, você não consegue alterar as características de uma criptomoeda, que são determinadas no seu blockchain nativo. O valor de uma criptomoeda é a oferta e a demanda, lembrando que algumas moedas como Bitcoin possuem escassez. Criptomoedas não se confundem com stablecoins - vide stablecoin.
cbdc
Central Bank Digital Currencies são moedas digitais emitidas por um Banco Central [Autoridade Monetária de determinado país]. Uma CBDC não é uma criptomoeda. CBDCs são centralizadas, possuem uma autoridade central responsável pelas ocorrências e problemas, geralmente uma autoridade monetária ligada a determinado país, que regula o estado das transações na rede. Já as criptomoedas não estão vinculadas à nenhuma Economia ou país; são um novo ativo, digital e com alcance global, garantido por algoritmos criptográficos e protocolos descentralizados, executados em um blockchain de código aberto.
core blockchain
A blockchain Core (CORE) é blockchain L1 [de camada 1] compatível com EVM que integra a segurança da Bitcoin com capacidades de contrato inteligente. A plataforma utiliza o consenso Satoshi Plus, combinando elementos de Prova de Trabalho e Prova de Participação Delegada, para aumentar a escalabilidade e a descentralização. Trata-se de uma solução de escalabilidade e programabilidade para Bitcoin que é diferenciada por seu consenso Satoshi Plus, ambiente de execução EVM, governança Core DAO e ponte coreBTC. Lançada no início de 2023, a comunidade Core está construindo um ecossistema de aplicações centradas na Bitcoin, aproveitando a segurança da Bitcoin sempre que possível ao longo do caminho, tais como recursos de consenso.
O mecanismo de consenso Satoshi Plus envolve a delegação de staking e hash rate dos mineradores de Bitcoin. O staking inclui tanto o token nativo CORE como o bitcoin [$BTC]. Essa combinação de recursos de segurança resulta em um modelo híbrido que aproveita a mineração de Bitcoin, recompensa os mineradores de bitcoin e ainda separa a produção de blocos para mitigar os riscos de censura e MEV.
O coreBTC é o token representativo de unidades de bitcoin [$BTC] na rede Core blockchain, que permite aos usuários acessar a liquidez do bitcoin [$BTC] no ambiente de execução totalmente expressivo do Core.
O Core DAO é o órgão regulador da rede, alimentado pelo token CORE. É uma organização autônoma descentralizada [DAO] que gere a blockchain Core. A compatibilidade EVM da rede concede ao Core a capacidade de executar aplicações de estilo Ethereum e contratos inteligentes, alavancando as ferramentas e o ecossistema de desenvolvedores Ethereum existentes. O CoreDAO supervisiona a governança da rede, o desenvolvimento de protocolos e o crescimento do ecossistema, fornecendo infraestrutura para finanças descentralizadas (DeFi) e aplicativos entre cadeias.
coreBTC
vide Core blockchain.
coreDAO
vide Core blockchain
crypto winter
Esta referência a um declínio prolongado nos mercados cripto foi utilizada para a queda de 2018 que eliminou 88% do valor de mercado de todos os ativos de criptomoedas. Reapareceu em 2022 quando os tokens digitais desabaram novamente, com o preço do Bitcoin despencando 76% do seu pico em novembro de 2021 até meados de novembro de 2022. Embora 2024 tenha começado como uma primavera cripto [crypto spring], muitos estão convencidos de que o inverno vierá novamente.
cold storage / hot wallet
Os detentores de criptomoedas mais cautelosos mantêm as chaves privadas [private keys] das suas criptomoedas offline, no chamado armazenamento a frio [cold storage], geralmente num dispositivo parecido com um pen drive / disco rígido que não está ligado à Internet, para que seja mais difícil para os hackers roubá-las. Já as hot wallets [carteiras quentes] são onde os fundos [criptos] são mantidos online ou numa corretora cripto e estão prontos para serem negociados. Quando a corretora FTX entrou com pedido de falência em novembro de 2022, ela transferiu os criptoativos de alguns clientes para o cold storage para proteger as contas.
consenso
Consenso é um conceito que descreve um acordo produzido por consentimento entre todos os membros de um grupo ou entre vários grupos. Note que consenso se diferencia de uma maioria, porque para haver uma maioria é preciso existir uma minoria que discorda, enquanto no consenso, por definição, não há discordâncias. Para compreender melhor, pense nas eleições presidenciais, onde quem é eleito precisa que a votação chegue a uma maioria, desconsiderando os sentimentos e o bem-estar da minoria. Por outro lado, um consenso garante que os eleitores cheguem a um acordo que beneficie o grupo como um todo. Já pensou no valor de se chegar a um consenso em uma sociedade polarizada? Não é a unidade e a confiança que fazem grandes nações prosperarem?
contratos inteligentes
Contratos inteligentes são códigos de software com regras autoexecutáveis. Eles funcionam como um acordo autoexecutável embutido em código de computador, gerenciado por um blockchain, por exemplo. Se e quando as regras predefinidas forem atendidas, o contrato será aplicado automaticamente. Se desejar se aprofundar sobre o tema, sugiro a leitura deste artigo, aqui.
criptografia
A criptografia refere-se à proteção de informações, transformando-as para que apenas o destinatário pretendido possa processá-las. Blockchain usa dois tipos de chaves criptográficas – uma chave pública e uma chave privada – para criar uma identidade digital segura.
D
dapp
Dapp significa aplicativos descentralizados - aplicativos baseados em blockchain ou na Web 3.0, que exigem vários recursos da tecnologia da confiança como redes ligadas ponto-a-ponto [sem passar um servidor centralizado] e “contratos inteligentes”. Pense que, ao invés de executar a lógica de negócios em um servidor centralizado, um dApp executa a lógica de negócios em uma blockchain.
defi
Decentralized Finance ou simplesmente DeFi são plataformas financeiras descentralizadas que possibilitam às pessoas emprestarem ou tomarem emprestado criptoativos, os negociem ou apostem em mudanças em seu valor. O DeFi normalmente funciona por meio de contratos inteligentes automatizados. Se desejar se aprofundar sobre o tema, sugiro a leitura deste artigo, aqui.
dex
Uma DEX é uma corretora de criptoativos descentralizada onde os usuários vão quando precisam negociar criptomoedas. Uma DEX traz os benefícios da descentralização para este processo, uma vez que, ao contrário das corretoras centralizadas [CEX], pelo menos em teoria, todas as transações em uma DEX são executadas através de contratos inteligentes sem quaisquer intermediários.
dex agreggators
Os DEX agreggatores [agregadores DEX] funcionam segundo o mesmo princípio que os agregadores de hotéis ou de bilhetes de avião. Ao recolher instantaneamente informações sobre as taxas de criptomoeda de centenas de DEXs, um agregador oferece automaticamente o melhor preço de swap [negociação], o que poupa dinheiro, tempo e esforço aos usuários.
diamond hands
Diamond hands [mãos de diamante, em português] é um jargão cripto popular que se refere a quem se mantém firme, e não vende suas criptomoedas, mesmo durante uma forte queda nos preços ou uma enxurrada de más notícias no mercado.
dogecoin
Dogecoin é uma camada de liquidação de pagamentos peer-to-peer [P2P] e um projeto comunitário baseado em memes. O projeto foi lançado como “uma piada” em 6 de dezembro de 2013, utilizando o popular meme da Internet de um cão Shiba Inu como seu token mascote. Os criadores, Billy Markus e Jackson Palmer, “pensavam que as criptomoedas não eram muito divertidas, e não precisavam ser levadas tão a sério”. Dogecoin é um fork da agora extinta altcoin Luckycoin (um fork da Litecoin, que por sua vez é um fork do Bitcoin). O website oficial afirma que a rede de pagamentos Dogecoin pretende servir “como uma moeda alternativa viável e legítima à moeda fiduciária tradicional.
E
EIPs
As Propostas de Melhoria do Ethereum (EIPs) são propostas de modificações ao Ethereum. Asseguram que as alterações à rede são discutidas e acordadas de forma transparente, envolvendo a comunidade e os principais programadores.
erc-20
ERC-20, ou Ethereum Request for Comment 20, é um padrão técnico usado para emitir e implementar ativos na blockchain Ethereum.
O padrão descreve um conjunto comum de regras que um ativo deve seguir para funcionar corretamente no ecossistema Ethereum. Essas regras dizem respeito à forma como os ativos ERC-20 são transferidos dentro do blockchain da Ethereum e como seus saldos de fornecimento e endereço são registrados de forma consistente.
O principal objetivo do padrão ERC-20 é garantir a interoperabilidade entre diferentes ativos e aplicativos na blockchain Ethereum.
Essa interoperabilidade torna mais fácil para os desenvolvedores preverem como diferentes ativos interagirão entre si e com vários aplicativos.Os ativos ERC-20 podem ser usados para simbolizar uma ampla gama de ativos digitais ou bens negociáveis, como tokens digitais, vouchers, certificados de ouro, pontos de fidelidade. Eles também podem ser usados para simbolizar direitos de voto durante as eleições.
ethereum
A Ethereum é uma plataforma blockchain de computação distribuída para contratos inteligentes e aplicações descentralizadas. A rede permite que os utilizadores construam extensivamente através da utilização de contratos inteligentes e, desde então, levou à criação de vários novos ativos e indústrias, tais como Finanças Descentralizadas (DeFi), Tokens Não Fungíveis (NFTs), Organizações Autónomas Descentralizadas (DAOs), Web3 e muito mais. Apresenta um motor de execução optimizado para o processamento de contratos inteligentes, a Máquina Virtual Ethereum (EVM) e um mecanismo de consenso de Prova de Participação (PoS).
evm
A Máquina Virtual Ethereum (EVM) é um mecanismo de computação descentralizado que executa contratos inteligentes na rede Ethereum. A EVM não é exclusiva da Ethereum; ela também é usada por outras cadeias de blocos, como Polygon, Arbitrum e Avalanche.
F
fomo
FOMO - Fear Of Missing Out - é um fenómeno psicológico em que as pessoas tomam decisões irracionais com base no medo de perder ganhos potenciais. No mercado cripto, onde os preços podem ser altamente voláteis e sujeitos a flutuações rápidas, o FOMO manifesta-se frequentemente quando há aumentos repentinos de preços ou grande lucro de alguns traders com uma determinada critomoeda. O medo intensifica-se à medida que as pessoas se preocupam em ser deixadas para trás num mercado que pode mover-se rapidamente. Esta resposta emocional pode levar a decisões impulsivas, como entrar em negociações sem uma análise adequada ou investir mais do que o inicialmente planeado. O FOMO pode contribuir para bolhas de mercado e picos abruptos de preços de uma determinada criptomoeda como resultado de reações emocionais coletivas e não de fatores fundamentais.
fud
“FUD” - “Fear, Uncertainty and Doubt - é uma palavra que significa ‘medo, incerteza e dúvida’. No contexto dos mercados de criptomoedas, FUD refere-se à disseminação de informações negativas ou rumores com a intenção de criar um sentimento de medo, incerteza e dúvida entre investidores e comerciantes. O objetivo é geralmente manipular o sentimento do mercado e fazer baixar os preços de determinadas criptomoedas. O FUD pode assumir várias formas, incluindo notícias falsas ou exageradas, declarações enganosas e a disseminação de rumores infundados sobre uma determinada criptomoeda ou o mercado em geral. É uma tática que pode ser utilizada por indivíduos ou grupos para influenciar o comportamento do mercado e causar pânico nas vendas.
full nodes
Os full nodes são os que realmente suportam e protegem a rede blockchain, e são indispensáveis para a rede. Os full nodes [ou nós de validação completa] são responsáveis por verificar as transações e os blocos de acordo com as regras do protocolo. E como a rede é distribuída, as regras são aplicadas pelo algoritmo de consenso [vide mecanismo de consenso].
G
gas
O gás refere-se à taxa necessária para realizar uma transação em uma rede blockchain. As taxas de gás são normalmente numa pequena fração do token nativo [criptomoeda] da blockchain. Por exemplo, as taxas de gás da Ethereum são medidas em “gwei”, que equivale a uma fração de Ether [token nativo da blockchain Ethereum]. As taxas de gás podem ser bastante substanciais nos períodos em que a atividade das criptomoedas e da blockchain está no seu pico. Os usuários de criptomoedas podem, por vezes, pagar centenas de dólares para que as suas transações sejam confirmadas na rede blockchain.
gasto duplo
O gasto duplo é a produção e o gasto não autorizados de dinheiro, seja ele digital ou convencional. Ele representa um dos maiores problemas da computação, que foi resolvido com o surgimento do Bitcoin. Ele também representa um problema sob a ótica da teoria monetária: um bom dinheiro é comprovadamente escasso e, quando uma unidade de valor pode ser gasta mais do que uma vez, a propriedade monetária da escassez é colocada em dúvida. Tal como acontece com o dinheiro falso, o gasto duplo conduz à inflação, criando uma nova quantidade de moeda “copiada" que não existia anteriormente. Como todos os recursos com uma oferta crescente, o gasto duplo provoca a desvalorização da moeda em relação a outras unidades monetárias ou bens, e diminui a confiança dos usuários na circulação e na retenção de valor dessa moeda. Satoshi Nakamoto resolveu o problema do gasto duplo ao introduzir um mecanismo de consenso na blockchain bitcoin chamado “mineração". A mineração na rede bitcoin é fundamental para evitar o gasto duplo, preservando simultaneamente a privacidade dos participantes de uma transação de bitcoin. Saiba mais sobre gasto duplo, aqui.
genesis block
Um genesis block [bloco de gênese] é o primeiro bloco de uma rede blockchain. O bloco genesis é quase sempre codificado no software das aplicações que utilizam a sua cadeia de blocos.
No caso da blockchain Bitcoin, o Genesis Block - primeiro bloco de bitcoin e base de todo o sistema de negociação Bitcoin em vigor até hoje - foi minerado em 3 de janeiro de 2009. O Genesis Block também é conhecido como Bloco 0 ou Bloco 1, e ainda está na rede Bitcoin, onde permanecerá enquanto houver um computador executando o software Bitcoin. Todos os nodes da rede Bitcoin podem consultá-lo, mesmo que ele esteja na outra extremidade da rede com centenas de milhares de blocos.
H
halving
Halving é a redução planeada das recompensas que os mineradores [validadores das transações de Bitcoin] recebem por sua atividade na rede blockchain. O halving está programado no software do blockchain Bitcoin para acontecer uma vez a cada quatro anos ou mais - mais precisamente, a cada 210.000 blocos de transações.
Como o nome sugere, a cada halving a quantidade de bitcoin que os mineiros recebem como recompensa cai pela metade. A prática serve para manter o ativo [bitcoin] escasso e deflacionário.
hard fork
Um hard fork é uma alteração não compatível com as versões anteriores em um protocolo blockchain. Os hard forks resultam na divisão da rede em duas blockchains separadas, uma seguindo a versão antiga do protocolo e a outra aderindo à nova versão. Cada ramificação resultante de um hard fork opera de forma independente. Isso significa que, após o fork [bifurcação], os nodes da rede aceitam transações como válidas em uma ramificação da bifurcação, mas não mantêm a outra bifurcação resultante da divisão.
hodl, hodler e hodling
O termo “Hold”, que significa manter / segurar, foi escrito de forma incorreta como "hodl” por um bitcoiner num fórum online em 2013 e, como se diz, “pegou” [tornou-se popular no meio cripto]. Assim, durante os períodos de queda do mercado, o termo “hodl” é geralmente é utilizado quando o preço do bitcoin está em queda, com o objetivo de lembrar os investidores das vantagens da criptomoeda no longo prazo. Logo, qualquer pessoa disposta a suportar a alta volatilidade do mercado é chamado de “hodler”por fazer “hodling” [não vender] seus bitcoins.
left curve
No mundo das criptomoedas, existe uma quantidade surpreendente de respeito por pessoas que parecem não saber nada sobre a indústria - como foi o caso de SBF, fundador do falido grupo FTX. Essas pessoas são chamadas de “left curve”. O apelido vem de um “meme" popular em cripto que mostra uma IQ bell curve [curva de sino], com investidores à esquerda que não sabem nada, ou muito pouco, e aqueles no meio gordo da curva que sabem algo sobre cripto. À direita estão os investidores que aparentemente sabem tudo. De qual lado da curva você está?
I
J
K
L
layer 2
Em uma blockchain, a Layer 2 [ou camada 2] se concentra na escalabilidade e é onde os aplicativos são executados. Ela atua como uma integração de terceiros que lida principalmente com todas as autenticações de transações, sendo construída sobre a L1 e se comunicando continuamente com ela. Isso permite que mais nós sejam adicionados à rede, o que aumenta a taxa de transferência sem obstruir muito o L1. A blockchain Polygon é um exemplo de rede de camada 2
lending
As plataformas de empréstimo [lending] permitem aos usuários depositar as suas criptomoedas e ganhar juros, permitindo também que eles contraiam empréstimos em criptomoedas. Os usuários que depositam suas criptomoedas [tokens nativos de uma blockchain pública] recebem pagamentos regulares de juros. Esses fundos são então fornecidos aos mutuários ou utilizados para outros fins de investimento.
Para pedir um empréstimo, um usuário tem normalmente que dar garantias e pagar taxas de juro, que variam conforme a plataforma escolhida. Os processos de concessão e tomada de empréstimos são semelhantes aos empréstimos e contas de depósito oferecidos pelos bancos tradicionais, mas não requerem a apresentação de vários documentos e demoram apenas alguns minutos a concluir. Todos os processos são alimentados por contratos inteligentes.
lightning network
A Lightning Network é uma solução de escalabilidade de camada 2 [layer-2] que oferece transações rápidas sem a necessidade de confirmação de bloco, possibilitando micropagamentos eficientes. Ela garante pagamentos seguros e com escalabilidade por meio de endereços multisignature (com várias assinaturas) e Hash Timelock Contracts.
lightweight
Vide nodes lightweight or SPV clients.
liquidity farming
A criação de liquidez [liquidity farming] é semelhante a um depósito bancário, mas permite aos usuários ganhar juros muito mais elevados. Um usuário deposita uma criptomoeda em um pool de liquidez, e passa a receber uma recompensa por manter sua criptomoena nesse pool. Os tokens depositados numa pool podem ser utilizados para transações de negociação, e uma percentagem das taxas da negociação é paga como recompensa aos fornecedores de liquidez.
listening nodes
Vide Supernodes.
litecoin
A Litecoin é uma rede de pagamentos peer-to-peer descentralizada e um projeto de software de código aberto lançado em outubro de 2011 por Charlie Lee, um antigo engenheiro do Google. A rede é uma blockchain de Prova de Trabalho (PoW) bifurcada do código base do Bitcoin. De acordo com o whitepaper do projeto, a Litecoin pretende oferecer uma rede de pagamentos descentralizada alternativa à Bitcoin, com um maior volume de transacções e uma geração de blocos mais frequente.
M
mecanismo de consenso
Mecanismos de consenso, conhecidos também como teoria dos jogos, são a base de qualquer rede blockchain. Blockchain é conhecido como a máquina da confiança. A confiança é peça fundamental em qualquer sociedade, pois é pré-requisito para que qualquer relação entre indivíduos aconteça. Assim, a confiança pode ser obtida de duas maneiras: através de intermediários [que, através de um contrato legal, garantem confiança às relações entre duas partes em um sistema centralizado]; e através da matemática [que, através de algoritmos de consenso, garante confiança às relações entre duas partes em um blockchain]. Como blockchains são uma rede descentralizada [sem intermediários ou contratos legais], a confiança é algoritma. Isto é, a confiança em uma rede blockchain é obtida por algoritmos de consenso (máquina, código de software) como o proof-of-work(mineração) do Bitcoin, e o proof-of-stake. Falaremos dos tipos de mecanismo de consenso mais adiante. Sem os mecanismos de consenso, teríamos apenas com uma rede descentralizada ignorante, sujeita a fraudes, e incapaz de garantir segurança e imutabilidade às transações nela registradas. Por isso, a tecnologia blockchain somente surgiu quando Satoshi Nakamoto criou o blockchain Bitcoin. Não existiam blockchains antes de 2008, porque a ideia de adicionar um algoritmo de consenso à criptografia e redes distribuídas só surgiu com o criador do Bitcoin. Somente o blockchain Bitcoin tornou possível a interação direta entre desconhecidos, ou pessoas que não confiam entre si, sem a necessidade de um intermediário ou uma autoridade central para conferir confiança às relações.
meme coins
Ao contrário de outras criptomoedas bem conhecidas, como a Bitcoin e a Ether, que foram criadas com objectivos financeiros ou concepções tecnológicas específicas, as memecoins - ou simplesmente “Memes" - são tokens especulativos que começam geralmente como piadas na Internet que não necessariamente são emitidas por uma blockchain / não necessariamente possuem uma tecnologia ou uma blockchain por trás.
Apesar dos Memes servirem apenas para retratarem a cultura da Internet - através de imagens que retratam situações ou personagens da Internet com bom humor - , o valor total de mercado de todas as memecoins ultrapassou os 50 mil milhões de dólares em março deste ano, de acordo com os dados da CoinMarketCap. As menos úteis destas moedas são por vezes chamadas por “shitcoins".
mixer
Os mixers ou mixing services são plataformas que podem ofuscar a origem dos fundos de criptomoeda. O objetivo é tornar as transacções anônimas e difíceis de rastrear. Para isso, o mixer mistura criptos com outras e envia-as para diferentes endereços de carteiras [wallet]. Este processo procura fazer com que seja difícil para os observadores externos identificarem os remetentes ou destinatários específicos de uma transação. Existem dois tipos principais de mixers de criptoativos: centralizados e descentralizados. Os mixers centralizados são entidades que aceitam a sua criptomoeda e envia de volta uma criptomoeda diferente mediante o pagamento de uma taxa. Embora forneçam uma solução simples para misturar criptos, eles apresentam um desafio de privacidade. O próprio mixer continuará a ter um registo que liga as transacções, que poderá ser potencialmente revelado no futuro. Por outro lado, os mixers descentralizados utilizam protocolos como o CoinJoin para ocultar totalmente as transacções. Estes mixers permitem que um grande grupo de usuários junte criptos e depois as redistribua, tornando difícil determinar quem recebeu o quê ou de onde veio.
multisig ou multi-signature keys
A assinatura múltipla [multisig] é uma forma de tecnologia usada para adicionar segurança às transações de criptografia.
Endereços de assinatura múltipla exigem que outro usuário ou usuários assinem em uma transação antes que ela possa ser transmitida para a cadeia de blocos.
N
NFT
Um Non Fungigle Token [NFT ou token não fungível em português] são um tipo de token que representam a propriedade de bens digitalmente escassos, como uma peça de arte, música, um pedaço de um apartamento, um nome de domínio na Internet, colecionáveis no mercado de esportes, memes, ferrramentas usadas em jogos online, avatares em mundos virtuais, ingressos, dentre outros. Um NFT significa a representação de um ativo não fungível no meio digital sob uma forma de um número de série. Há alguns em que NFTs se assemelham a produtos de investimento e, assim, podem ser classificadas como títulos - por exemplo, se por ocasião da venda de um NFT, é prometida uma parte dos negócios futuros (em ações, dividendos ou ambos) aos compradores.
node
Em uma rede blockchain, cada node é um ponto de comunicação na rede. Portanto, um node [também conhecidos como nó] é cada computador que executa um ponto [cliente] em uma rede blockchain. Assim, a rede blockchain Bitcoin, por exemplo, é composta por milhares de nodes de computadores espalhados pelo mundo, e é isso que faz do blockchain Bitcoin um sistema distribuído ponto-a-ponto [peer-to-peer]. Existem tipos distintos de nodes, e cada tipo é responsável por executar um conjunto diferente de funções. Tomando a rede blockchain Bitcoin como exemplo, os nodes da rede podem ser divididos em quatro grandes grupos: full nodes, listening nodes [supernodes], nodes de mineração e lightweight ou SPV clientes.
nodes de mineração
Os nodes de mineração são os que executam software de mineração especializado, juntamente com máquinas ASIC [na maioria dos casos]. Mineradores investem muitos recursos na esperança de obter a recompensa do bloco de Bitcoin. Enquanto os mineradores individuais validam totalmente os nodes, os mineradores de pool fornecem frequentemente recursos computacionais sem descarregar todos os dados da blockchain. Assim, apenas o administrador do pool é necessário para executar um full node.
node lightweight
Os lightweight or SPV clients são nodes que usam a blockchain Bitcoin, mas não funcionam como nodes de validação. Eles simplesmente coletam informações dos supernodes, agindo como um ponto final de comunicação. Como tal, estes nodes 'SPV clientes' não mantêm uma cópia da blockchain e não contribuem para a segurança da rede.
O
open source
Open source é um termo em inglês e significa "código aberto". O open source é hoje um movimento tecnológico e uma forma de trabalho que vai além da produção de software. O movimento open source usa os valores e o modelo descentralizado de produção do software open source para descobrir maneiras inovadoras de resolver problemas em suas comunidades e setores. O código-fonte do software open source é projetado para ser acessado abertamente pelo público: todas as pessoas podem vê-lo, modificá-lo e distribuí-lo conforme suas necessidades.
O software open source (OSS - Open Source Software) é desenvolvido de forma descentralizada e colaborativa e conta com a revisão e a produção pela comunidade. Ele costuma ser mais barato, mais flexível e mais duradouro do que as opções proprietárias, já que é desenvolvido por comunidades independentes, e não por um único autor ou empresa.
ordinals
Ordinals são a contraparte nativa do Bitcoin para NFTs. Além de se referir aos NFTs na rede Bitcoin, a palavra também pode ser usada para designar o protocolo Ordinals. Um exemplo de Ordinals NFTs são os TwelveFold do Yuga Labs, uma coleção de 300 peças generativas.
P
p2p
Vide peer-to-peer network.
peer-to-peer network [P2P]
Uma rede peer-to-peer (P2P) é um conjunto de computadores ligados sem um único controlador. Cada computador participante, designado por ponto ou node, é simultaneamente um utilizador e um fornecedor de recursos. Os pares [pontos] contribuem para uma rede P2P através do compartilhamento de recursos - como espaço de armazenamento, capacidades de processamento e largura de banda. Uma rede P2P é descentralizada, o que a torna diferente da tradicional disposição cliente/servidor, em que um servidor apenas fornece conteúdo e um cliente apenas utiliza o conteúdo. As redes P2P têm várias aplicações, mas a mais comum é o compartilhamento de multimédia (como música, filmes e jogos). Como não existe um controlador central, todo o conteúdo armazenado na rede é distribuído entre os pares [pontos da rede]. O conteúdo pode ser armazenado em vários locais e cada node [ponto, node, par, ou peer] é igualmente capaz de fornecer aos outros o conteúdo solicitado. Os nodes podem também contribuir para a gestão do tráfego de rede e dos processos de localização de arquivos.
Pectra Upgrade
Pectra é a próxima grande atualização da blockchain Ethereum, e está definido para ser algo ainda maior que o upgrade Dencun. Programada para o quarto trimestre de 2024 ou primeiro trimestre de 2025, a Pectra combina duas atualizações previamente planeadas: Praga [para a camada de execução] e Electra ]para a camada de consenso]. Ao fundir essas especificações, a atualização Pectra busca trazer várias melhorias ambiciosas para o Ethereum, tornando-o mais flexível e otimizado.
probably nothing
A frase é normalmente utilizada de forma irónica. Os detentores de criptomoedas dizem “provavelmente nada” quando minimizam um acontecimento importante, como o fato da blockchain Ethereum ter concluído com êxito o the Merge. É popular nas criptomoedas porque muitos eventos no mundo cripto são muito técnicos e podem ser ignorados por muitas pessoas que não tem familiaridade com as tecnologias envolvidas na indústria cripto blockchain. A frase também é utilizada para sugerir que existe uma conspiração por detrás de um acontecimento aparentemente aleatório.
Q
R
redes p2p
Vide p2p ou peer-to-peer network.
S
sam
Vide TAM, SAM, SOM
satoshi nakamoto
Em 2008, em uma lista de emails de discussão sobre criptografia, um participante anônimo, usando o pseudônimo Satoshi Nakamoto, anunciou a publicação de um artigo sobre um novo sistema eletrônico de dinheiro sem um validador tradicional de confiança. E foi por e-mail que Satoshi anunciou ter resolvido “o gasto duplo”, possibilitando que pessoas enviassem valor na Internet sem intermediários. Como Satoshi Nakamoto é um pseudônimo, e ele nunca se mostrou ao mundo, ninguém sabe quem realmente é o criador do bitcoin. Veja aqui o que se sabe sobre Satoshi Nakamoto até agora.
soft fork
Um soft fork ocorre quando os desenvolvedores fazem uma atualização no protocolo blockchain compatível com versões anteriores. Depois do soft fork, os nodes que talvez não tenham feito a atualização para a versão mais recente do protocolo ainda podem operar na rede blockchain sem interrupções.
som
Vide TAM, SAM, SOM
spv nodes
Vide nodes lightweight or SPV clients.
stablecoin
Stablecoins são uma representação digital da moeda fiduciária que vive em blockchains. Elas são "tokens programáveis" e foram criadas para serem ativos mais estáveis em termos de valor. Elas geralmente estão atreladas a alguma moeda fiduciária como, por exemplo, a USDT que são indexadas ao preço do dólar americano. Stablecoin não é uma criptomoeda. Uma criptomoeda é um ativo digital "nativo ou incorporado" em determinada blockchain, que representam uma unidade monetária. Você "não" consegue programar uma criptomoeda; isto é, você não consegue alterar as características de uma criptomoeda, que são determinadas no seu blockchain nativo. O valor de uma criptomoeda é a oferta e a demanda, lembrando que algumas moedas como Bitcoin possuem escassez. Já as stablecoins são "tokens" programáveis. Isto é, são um ativo digital "personalizável / programável" que rodam em um blockchain de 2ª ou 3ª geração que admite contratos inteligentes (códigos de software) mais avançados como o ethereum, tezos, rostock (RSK), solana, dentre outros.
staking
Staking é o mecanismo necessário para garantir a segurança e a funcionalidade de uma plataforma blockchain. Determinadas blockchains - que usam o mecanismo de consenso Proof of Staking - precisam de criptomoedas/tokens dados como garantia para validarem e verificarem a segurança das transações na rede.Para facilitar a compreensão, em uma linguagem mais simples, podemos comparar o staking de criptomoedas / tokens a poupança ou um investimento tradicional em um banco (sem o seguro). Em uma conta poupança ou uma conta de investimento, o banco te paga uma pequena taxa de juros (a média é de 0,06%) para você manter seu depósito em dinheiro nessa conta, e depois usa esse capital que você depositou para financiamentos ou investimentos em terceiros. Até determinado valor, seu depósito está segurado pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e, dessa forma, se o banco falir, o Estado garante que você receberá seus fundos de volta. No staking, a grosso modo, sua criptomoeda é o seu “dinheiro” (pense em Reais, ou em dólares), e uma corretora de criptomoedas [exchange ou CEX] ou um protocolo descentralizado [DEX] seria o equivalente a banco. Quando você deposita suas criptomoedas/tokens na CEX ou DEX, você ganha juros sobre essas criptomoedas/tokens. A única diferença entre o staking e uma conta poupança / conta de investimentos tradicional é que no staking, seus fundos geralmente não são segurados.
staking rewards
Em muitas blockchains, você pode fazer staking de suas criptomoedas, mas não precisa fazer o trabalho de um validador - isto é, não precisa validar e processar as transações em uma blockchain. Quando você “aposta” sua criptomoeda em um pool de staking centralizado ou descentralizado, suas moedas são agrupadas junto com as criptos de outras pessoas, e a plataforma atua como validador. Por seu trabalho, os validadores recebem uma recompensa conhecida como staking reward - que é semelhante aos juros pagos pelo banco a seus investidores.
supernodes
Supernodes ou listening nodes [nodes de escuta], ou supernós, são os full nodes que são tornados publicamente visíveis e acessíveis. Como tal, podem comunicar com qualquer outro nó [node] que estabeleça uma ligação com eles. Assim, qualquer node totalmente validado que não esteja oculto pode ser considerado um listening node. Este tipo de node é responsável por fornecer dados da rede blockchain a outros nodes, mas também pode funcionar como uma ponte de comunicação.
T
tam, sam, som
TAM é a sigla para “total addressable market”, que significa mercado total endereçável. É a oportunidade total de receita para seu produto ou serviço se ele capturar 100% do mercado. O TAM é calculado multiplicando o número total de clientes em potencial pela receita média por cliente.
SAM é a sigla para “serviceable addressable market”, que significa mercado endereçável acessível. É a parte do TAM que é acessível e relevante para sua empresa. O SAM é calculado filtrando-se o TAM com base em fatores como localização geográfica e dados demográficos.
SOM é a sigla para “serviceable obtainable market”, que significa mercado acessível que pode ser obtido. É a parte do SAM que sua empresa pode capturar de forma razoável. O SOM é calculado filtrando-se o SAM com base em fatores como cenário de mercado, reconhecimento da marca e orçamento de publicidade.
taxas de transação
A principal vantagem das transações com bitcoins é que são significativamente mais baratas do que transferências de valor feitas por métodos tradicionais - que são em média de 2% a 3% do valor das transações. Nas transferências internacionais, por exemplo, as taxas podem ser custar até 20% do valor total da transação em casos extremos. Na blockchain Bitcoin, a taxa de transação é paga aos mineradores como estímulo - para inclusão mais rápida da transação no próximo bloco da rede, e confirmações mais ágeis. No entanto, essa taxa de transação na rede Bitcoin não chega nem perto dos valores cobrados no mercado tradicional. Por exemplo, em janeiro de 2020, uma baleia [investidor com grande quantidade de bitcoins] transferiu US$1,1 bilhão pagando uma taxa de US$80, ou 0,000007%. Também, as taxas de transação na rede Bitcoin são variáveis [quanto mais movimentada a rede, maior será o custo, por que o usuário deverá remunerar melhor os mineradores, para que sua transação seja aprovada na frente de outras que oferecem uma taxa menor]. Por fim, o valor da taxa de transação na rede Bitcoin depende do tamanho da transação. Para se ter uma idéia, no final de 2017, quando o preço do bitcoin aumentou drasticamente para quase US$20 mil e o ativo recebeu atenção global, as taxas de transação chegaram a uma média de US$37. Contudo, situações como essa são a exceção, e a regra ainda são custos de mineração abaixo dos US$0,50 por transação.
tecnologia blockchain
A tecnologia Blockchain elimina a necessidade de uma parte confiável para facilitar as relações digitais e é a espinha dorsal das criptomoedas. Blockchain é um tipo de tecnologia de contabilidade que registra dados. Antigamente, as transações eram rastreadas em livros escritos e armazenadas em instituições financeiras. Os livros-razão tradicionais - pense em livros contábeis - poderiam ser auditados, mas apenas por aqueles com acesso privilegiado. Pois bem, a tecnologia blockchain pegou esses conceitos e os democratizou, removendo o sigilo sobre como as informações – ou seja, os dados das transações – eram registradas. Dito de um modo mais simples, uma blockchain é uma lista distribuída de registro de transações que é constantemente atualizada e revisada.
tokenização
A tokenização de ativos reconfigura negócios, produtos e serviços, possibilitando a representação de valores do mundo físico e virtual. Tokenização é o processo de transformação dos direitos de propriedade de um ativo em um token digital. Por exemplo, você pode transformar um imóvel (uma casa, um apartamento) no valor de US$ 100 mil em um total de 100 mil tokens, sendo que cada token representa quase 0,0005% do valor deste imóvel.
tokens
Tokens são unidades que representam um ativo digital em um blockchain, e podem servir não apenas como troca e pagamento, mas também para retratar um objeto físico ou virtual. Tokens não se confundem com o ativo em si. Token é a representação de um ativo; ele serve de instrumento para que seu proprietário faça uma reclamação contra sua emissão.
tokens não fungíveis
Vide NFTs [Non Fungible Tokens]
ton
A Open Network (TON) é uma rede Proof-of-Stake (PoS) de Camada 1 que inclui TON Blockchain, TON Virtual Machine, TON Payment, TON DNS, TON Storage e TON Sites. A TON emprega um protocolo de tolerância a falhas bizantino [Byzantine Fault Tolerance protocol] chamado “Catchain Consensus” para alcançar o consenso da rede, a geração de blocos e a validação de transações. O mecanismo de consenso Catchain foi especificamente concebido para a arquitetura blockchain TON, em particular para a sua estrutura de sharding. A TON foi concebida como uma “masterchain” com múltiplas “workchains” (até 2^32), que são posteriormente divididas em “shardchains” com base na carga de transações e números de contas. Esta estrutura visa distribuir a carga de trabalho e a interação entre contas através da (1) divisão dinâmica de shardchains em shardchains menores ou (2) fusão de shardchains subutilizadas.
tradifi
TradFi significa “finanças tradicionais”. Refere-se à prática antiga de gerir dinheiro ou ativos através de instituições como companhias de seguros, mercados de ações, bancos, fundos imobiliários e gestores de ativos.
trilema blockchain
O cofundador do Ethereum Vitalik Buterin criou a popularizou o termo "Blockchain Trilemma", para se referir aos três dilemas dos protocolos blockchain. A escalabilidade, a segurança e a descentralização são os três pilares de um protocolo blockchain e, como se esforçam constantemente para coexistir e estão em constante luta para viver em harmonia, cada um deles se tornou um dilema.
U
uniswap
Uniswap é um protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) centrado em sua corretora descentralizada (DEX) de criação de mercado automatizada (AMM) que fornece liquidez para negociação de criptoativos. O protocolo compreende vários contratos inteligentes imutáveis, cada um com recursos diferentes para a arquitetura AMM subjacente. Houve três implementações separadas do protocolo (V1, V2 e V3), com outra planeada (V4).
V
W
wallet
Wallets ou carteiras digitais mantém suas chaves privadas - senhas que dão acesso a seus ativos digitais em uma rede blockchain - protegidas e acessíveis, permitindo que você envie e receba criptomoedas, NFTs, stablecoins e outros tokens. Saiba mais, aqui.
wbtc
Vide wrapped bitcoin.
web3
O próximo estágio de evolução da Web, também conhecida como Web descentralizada, não é apenas tecnologia, mas uma nova maneira de usar a tecnologia para conectar e compartilhar informações e dados online. A web3 possibilita aos usuários muito mais que apenas ler e escrever informações. Ela introduz o conceito de propriedade digital. O principal objetivo da web3 é colocar o ser humano no centro de tudo, permitindo que as pessoas sejam proprietárias das informações que criam e com as quais interagem online – tendo mais controle sobre nossos dados, escolhendo como e onde eles serão compartilhados. Como? Através de identidade auto-soberana, da prova de propriedade e da transferência de poder dos walled gardens – aplicativos que atualmente mantêm nossos dados cativos em silos [apps] – para o ser humano.
whale
Whale [baleia, em português] é uma pessoa ou empresa que detém uma quantidade significativa de criptomoedas. A comunidade e os investidores observam as transações de venda e compra das whales, porque elas podem influenciar significativamente os movimentos de preços. As whales também criam aumentos significativos na volatilidade de preços das criptomoedas.
wrapped bitcoin
O Wrapped Bitcoin (WBTC) é um token ERC-20 que representa o Bitcoin na rede Ethereum. Seus detentores podem trocar WBTC 1:1 por bitcoin [BTC]. O bitcoin estabeleceu-se como a primeira criptomoeda do mundo e, atualmente, a maior por capitalização de mercado [superando US$ 1 trilhão de dólares]. Os tokens WBTC permitem que os detentores participem e forneçam liquidez ao próspero ecossistema DeFi da Ethereum.
Traduzido com a versão gratuita do tradutor - www.DeepL.com/Translator
X
Y
yield aggregators
Os agregadores de rendimentos [yield aggregatores] ajudam os usuários a simplificar o processo de fornecimento de liquidez, verificando automaticamente os melhores períodos de exploração e rendimentos para vários conjuntos de liquidez específicos. Combinando os rendimentos de pools em farming plataforms, os agregadores criam cadeias de reinvestimento. Todo o processo é semelhante a ter um gestor de fundos a trabalhar nas wallets dos usuários.
yield farming
Yield faming é uma estratégia de investimento volátil e de alto risco em que um investidor aposta, empresta, toma emprestado ou bloqueia criptoativos numa plataforma financeira descentralizada (DeFi) para obter um retorno mais elevado. Um investidor recebe o pagamento do retorno em criptomoeda adicional.
Z
z-cash
A Zcash é uma criptomoeda centrada na privacidade que se baseia no código base do Bitcoin. Ela possui muitas semelhanças com o bitcoin, tais como um fornecimento total fixo de 21 milhões de unidades. No entanto, as transações com Zcash podem ser transparentes [semelhantes às transações de bitcoin], mas também podem ser transações “protegidas” - isto é, que utilizam prova de conhecimento [ZKP] para proporcionar anonimato às transações. As 'moedas” Zcash, portanto, estão num pool transparente, ou em um pool protegido [anônimo]. A Zcash oferece aos usuários a opção de “divulgação seletiva”, permitindo ao usuário provar o pagamento para fins de auditoria. Uma das razões para isto é facilitar o compliance das transações privadas às leis tributárias e anti-lavagem de dinheiro.
zero-knowledge proof
O ZKP (Zero-Knowledge Proof) cuja tradução de forma literal seria “prova de conhecimento zero”, é um esquema de criptografia proposto pelos pesquisadores do MIT Silvio Micali, Shafi Goldwasser e Charles Rackoff na década de 1980. A prova de conhecimento zero é um conceito bem estabelecido em criptografia que permite que uma parte afirme a validade de uma declaração sem revelar os fatos subjacentes que a tornam verdadeira ou falsa. O algorítmo que realiza essa ação executa uma declaração por meio de teste de verdadeiro ou falso repetidamente até que a probabilidade de que essa declaração seja falsa se torne incrivelmente baixa. Nesse ponto, é possível afirmar com segurança que a afirmação é verdadeira. Imagine que um auditor precise auditar a validade de uma transação, mas não pode saber quais instituições ou fornecedores estão envolvidos, nem o valor. Com o Zero Knowledge-proof, esse auditor pode executar um algoritmo que retorna essa verificação.
zk-snark
Zk-SNARK a sigla para “Zero-Knowledge Succinct Non-Interactive Argument of Knowledge”. Trata-se de uma prova criptográfica que permite a uma parte provar que possui determinadas informações sem as revelar. Esta prova é possível através de uma chave secreta criada antes da transação ter ocorrer. Leia mais sobre prova de conhecimento zero [ZKP], aqui.
zpk
Vide Zero-Knowledge Proof.
#
51% attack
Vide ataque 51 #
Este artigo será atualizado continuamente. Não encontrou algum termo ou expressão?Envie sua sugestão nos comentários.