O que é a Base?
A Base é uma rede de “camada 2” construída sobre a base da blockchain Ethereum, que utiliza o software OP Stack, derivado da conhecida rede de camada 2 Optimism.
Com isto, a Coinbase está oficialmente mergulhando na disputa da Camada 2.
O que motivou a Coinbase a lançar sua própria blockchain?
Muitos devem se lembrar que a Coinbase surgiu em 2012. Isto é, ela é uma empresa que surgiu antes da Blockchain Ethereum, antes dos contratos inteligentes. Ela era apenas um lugar para se comprar e vender bitcoin.
Então, na última década, a Coinbase foi se expandindo, adicionando mais criptomoedas a sua plataforma, e possibilitou que as pessoas não só pudessem comprar e vender criptos, mas também economizar, apostar, pedir emprestado e emprestar.
Seguindo sua linha de expansão, a Base foi “projetada” para impulsionar dApps. Como assim?
Em 2016, o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, pontuou em um “plano mestre secreto” que a quarta fase do desenvolvimento da empresa viria de “aplicativos descentralizados” – dapps – , com foco em um sistema financeiro aberto, que precisariam ser projetados para atingir um bilhão de pessoas.
Cinco anos depois, mais precisamente em 14 de abril de 2021, a empresa listou suas ações na Nasdaq. Na sua estreia na bolsa americana, a Coinbase obteve o fechamento de US$ 328,28 por ação, com uma avaliação de mercado em torno de US$ 85,8 bilhões.
Agora, a Coinbase dá mais um grande passo, e finalmente lança a Base – sua própria rede blockchain – que foi projetada para ser uma sandbox para desenvolvedores de L2, de baixo custo e de código aberto para dapps.
Em uma entrevista, Pollak disse que mais de 100 dApps já estão prontos para serem implantados na rede Base. Na mesma ocasião, ele afirmou que:
“Historicamente, a abertura do que as pessoas podem fazer com cripto tem sido relativamente limitada, na maioria das vezes à especulação. Para que a Coinbase, criptos e o trabalho que estamos fazendo tenham o impacto que todos desejamos, precisamos passar de uma situação de especulação para uma situação em que isso seja integrado a cada parte da existência cotidiana de alguém.”
Vale a pena assistir a entrevista completa, aqui.
Quais etapas antecederam o pré-lançamento?
A Coinbase apresentou inicialmente a versão beta da sua rede blockchain Base em 23 de fevereiro de 2023.
Após o anúncio, muitos indivíduos da comunidade cripto especularam sobre seu potencial para atrair mais usuários para os protocolos Web3, aproveitando a extensa base de usuários da corretora Coinbase.
A rede lançou sua versão Mainnet voltada para desenvolvedores em 13 de julho de 2023, com a advertência de que ainda não era adequada para usuários comuns.
Durante o período de testes, a tração na rede foi escassa, exceto no domingo (31/7), quando as meme coins trouxeram a um súbito aumento de capital e de usuários para a blockchain.
Mas como nem tudo são flores…
O susto às vésperas do lançamento
Apenas um dia após uma enxurrada de atividades na Base, golpistas usaram uma Meme Coin para atacar, desacreditar o lançamento da Coinbase.
Normalmente, uma ‘moeda meme’ não tem valor intrínseco e, muitas vezes, não tem utilidade. Como o nome indica, essas criptos geralmente – mas não exclusivamente – têm como tema os memes da Internet: piadas e imagens compartilhadas nas mídias sociais.
Pois bem, no dia 30 de julho, os traders correram para comprar novos tokens executados na rede usando a DEX LeetSwap, e dentre eles, a Meme Coin ‘BALD’.
A ‘BALD’ chegou a alcançar uma capitalização de mercado de US $ 85 milhões, obtendo uma alta de 4.000%.
Mas no dia 31 de julho de 2023, o preço da BALD chegou a “zero”, depois que um rugpullimpactou seus detentores – os desenvolvedores da BALD retiraram o equivalente a US$ 25,6 milhões de dólares de liquidez do token.
Rugpulls são notoriamente comuns no mundo cripto, especialmente na esfera das finanças descentralizadas (DeFi). Eles acontecem quando um desenvolvedor lança um novo token e faz parecer que o projeto é legítimo e, em seguida, removem a liquidez e desaparecem.
Apesar do contratempo, a Coinbase tornou a rede acessível a todos os usuários no dia 9 de agosto de 2023.
O que você pode fazer na rede Base?
Existem uma infinidade de dApps para se divertir na Base.
Tendo em conta o atual ecossistema da Base e o ecossistema de produtos Coinbase, veremos a seguir algumas das coisas que já é possível fazer na Base.
1. Utilizar a Bridge Base
Primeiro, os usuários têm a opção de transferir “Ether” ($ETH), cbETH, DAI ou $USDC de suas respectivas redes principais para a rede Base, utilizando a bridge.base.org, que introduziu uma interface de usuário no dia 3 de agosto.
No dia 9 de agosto, o protocolo bridge Wormhole foi disponibilizado a todos os usuários na rede Base.
2. Realizar swap de tokens e obter liquidez nas DEXs já ativadas na Base
Duas corretoras de criptoativos descentralizadas (DEXs) anunciaram sua transição para a Base, com um possível relançamento de uma terceira DEX.
A Uniswap, uma das DEXs pioneiras na Ethereum, revelou a ativação de sua versão Base no dia 7 de agosto de 2023.
Por outro lado, o Maverick Protocol apresentou sua versão Base no dia 8 de agosto, ostentando maior eficiência de capital e personalização em comparação com seus rivais.
Essas DEXs também oferecem aos usuários diversas opções para swapping [negociação] de tokens e liquid farming [fornecimento de liquidez].
3. Fazer pagamentos em USDC
Além disso, Beam – um aplicativo baseado na Web na Base, permitirá que os usuários façam pagamentos em USDC ou na cripto nativa da plataforma, a Eco.
Status atual da rede BASE
Na data em que este artigo foi escrito, segundo dados da Dune publicados pela TK Reserch eram os seguintes:
🔵 Transações diárias (Base) - 5.018.954 milhões
🔵 Usuários ativos diários - 1.120.483
🔵 Novos usuários diários - 557.292 mil
🔵 Base (taxas e receitas acumuladas)
Por hoje, é só. Ficou com alguma dúvida? Me envie nos comentários. Até breve!
Quem sabe será a próxima Solana! ⚡